Financiamentos imobiliários: SFH, SFI ou Carteira Hipotecária?

No ramo da compra e venda de imóveis, conhecer bem quais são os financiamentos imobiliários existentes no Brasil é essencial, afinal, é comum que a maioria dos compradores acabe optando por um dos regimes disponíveis.

Neste artigo, ficará claro o que são e como funcionam os financiamentos mais comuns, suas diferenças, vantagens e desvantagens. Acompanhe!

Sistema Financeiro de Habitação (SFH)

O SFH foi criado pelo Governo Federal em 1964 e tem como objetivo facilitar o acesso à moradia própria.

Para utilizar o SFH, basta ser brasileiro nato ou naturalizado, ser maior de 18 anos e ter as situações cadastrais regularizadas, isto é, não se deve ter o cadastro negativo nas instituições de verificação de inadimplência (SPC ou Serasa, por exemplo).

Também é necessário não possuir irregularidades junto à Receita.

Características

Como o SFH é um sistema criado pelo Governo, suas regras de funcionamento também são estipuladas e fiscalizadas por ele, por isso, funcionam em um regime um pouco diferente dos outros.

Nesse sistema, apenas imóveis residenciais são contemplados e o valor máximo para financiamento é de R$ 585 mil.

Para o valor de avaliação do imóvel financiado também há um limite estabelecido — R$ 750 mil em São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal e Rio de Janeiro e R$ 650 mil nos demais estados.

O prazo máximo para o financiamento é de 35 anos e o FGTS pode ser utilizado como entrada ou para abater o saldo devedor e as prestações.

Quanto às taxas de juros, estas são limitadas em 12% ao ano mais o reajuste da Taxa Referencial (TR).

Ademais, há um limite em 30% da renda máxima que pode ser comprometida para o pagamento das prestações;

Vantagens

Uma das vantagens desse sistema é o custo final da compra do imóvel que tende a ser menor que nos outros sistemas por conta dos juros fixos.

A possibilidade de utilizar o FGTS também é um diferencial que facilita o acesso do comprador.

Desvantagens

Os bancos costumam ser bem exigentes na hora de conceder o financiamento pelo SFH em questão de informações para cadastro.

Além disso, a limitação do valor do financiamento também dificulta o acesso a esse recurso.

Sistema Financeiro Imobiliário (SFI)

O SFI foi criado em 1997 para reger os financiamentos que não se enquadram nas regras do SFH.

É possível optar entre o SFH e o SFI quando os requisitos para utilizar o primeiro forem atendidos. Porém, quando o valor dos imóveis ou do financiamento for superior ao estipulado no primeiro sistema, as únicas opções se tornam o SFI e a Carteira Hipotecária.

Características

No Sistema Financeiro Imobiliário não há limite de valores para os imóveis e os financiamentos, assim como para os juros e o tempo máximo de financiamento, ficando a cargo da negociação entre os compradores e as instituições.

Diferentemente do SFH, no SFI não é possível utilizar o FGTS para o abatimento da dívida, das prestações ou para a entrada, todavia a renda não precisa ter origem registrada.

Vantagens

O SFI não é limitado aos imóveis residenciais como o SFH; outros tipos de imóveis também podem ser negociados.

Outra vantagem é a possibilidade de utilizar esse sistema para financiar um segundo imóvel, o que não é possível no SFH.

Desvantagens

Os juros tendem a ser mais altos nessa opção, além disso, os bancos também são exigentes na hora de pedir a comprovação de renda.

Carteira Hipotecária (CH)

Muito semelhante ao SFI, a Carteira Hipotecária também opera em regimes mais livres. Esse tipo de financiamento é o ideal para a compra de imóveis de médio e alto padrão.

Características

Não há limite para valores de imóveis, financiamentos ou juros e o comprometimento da renda fica a cargo das avaliações dos bancos.

Ademais, é possível utilizar o FGTS apenas como entrada.

Vantagens

Além dos imóveis não residenciais, ampliação, construção em terreno próprio e reforma também são contemplados no CH.

Desvantagens

As desvantagens são as mesmas do SFI: taxas de juros mais altas e alta exigência na comprovação da renda.

No post de hoje, vimos como tais sistemas funcionam, quais são suas características, limitações, vantagens e desvantagens.

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